quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Avante Rio!

O Rio de Janeiro está sob ataque! Bandidos incendeiam carros; tiroteios, bombas e arrastões ocorrem em mais de um ponto da região metropolitana.

É ataque, mas não é guerra, porque guerra é um conflito reconhecido e formal, onde os inimigos estão definidos, e o confronto é oficial.

Bandidos não declaram guerra, porque bandidos não são e não devem ser reconhecidos como grupo organizado da sociedade democrática. Bandidos estão e são foras-da-lei.

O que estará acontecendo?

Tudo parece indicar um ato de desespero. Quem sabe, reação às UPPs, e a outras medidas de contenção do crime.

Quando bate o desespero, resta o terror, para tentar convencer o Estado de uma pujança, que, de fato, está em declínio.

Que fazer?

Resistir! Resista carioca! Não se deixe intimidar, o Rio está vencendo o confronto com o crime que tenta se organizar. É uma luta sem tréguas. E será longa. Mas a sociedade civil, democraticamente organizada, avançou. Não recuem... nem um milímetro! Não negociem!

Que as autoridades do Rio de Janeiro, capital estética de nosso país, continuem a atacar o crime em todas as suas manifestações. Essa violência, se ainda não é o estertor do crime que se pretende organizado, é um espasmo, que mais denuncia a vitória da sociedade do que pode parecer à primeira vista.

Que os líderes da sociedade civil se irmanem em torno da resistência à violência criminal.

Avante Rio! A sua vitória é a vitória de todo o Brasil.


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Vaidade

Eu não sei, Senhor, como dizer isso,
Me descobri, por revelação tua,
Vaidoso, da forma, a mais crua!
O que só conspurca o meu serviço.

A vaidade é maldita chama,
Me torna deveras desrespeitoso,
Mais...Descarado preconceituoso;
Ofuscando Deus, que a todos ama!

Me dou conta dessa realidade,
Quero ser liberto da vaidade;
Eu estou em verdadeiro tormento!

E te invoco ó crucificado!
Mata-me e, em mim, esse pecado!
Que se imiscui no quebrantamento.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O ar(ti)mosfer(r)a

Aqui se vê o ar que se respira!
É preciso ver o ar que se respira!
Será que alguém vai ver o ar que se respira?
Quem quer ver o ar que se respira?
Ei! Ninguém vai ver o ar que se respira?
Ora! Ar que se respira não se vê!

©ariovaldoramos

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Um sinal de esperança!

"O que é a democracia? Antes de tudo é uma palavra do grego arcaico. Depois, ganhou cidadania na filosofia política em geral para se referir a um sistema de governo baseado na “soberania popular”, e aí, meu amigo, a coisa vai para o brejo.
Por exemplo, eu posso ser um tonto, analfabeto de pai e mãe, e meu voto vale tanto quanto o seu, pessoa culta, esforçada para compreender o mundo e fazê-lo menos estúpido do que já é. Eis o brejo...” Luiz Felipe Pondé  (FSP/Ilustrada/01/11/10)
(O ilustre Professor escreveu artigo sobre a liberdade de imprensa, e, em meio ao argumento, fez as considerações, supra-citadas, sobre a democracia. Ainda que, em princípio, toda defesa à liberdade de imprensa seja bem-vinda, escrevo sobre a temerária colocação sobre a igualdade entre os cidadãos e cidadãs; e sobre o maior sinal dessa eleição para o cargo máximo da república.) NA

Quando leio falas, como a do Sr. Pondé, lembro-me de uma fala de Tarik Ali, jornalista paquistanês, radicado em Londres, numa conferência de imprensa, em que participávamos em Caracas, Venezuela.

Tarik disse que o que estava em jogo na Venezuela era a possibilidade de se construir a democracia a partir dos pobres.

Quando olho para o Brasil que vem surgindo, e que, mais uma vez, se faz ver nessas eleições, tenho a tendência de dizer ao Sr Tarik, que sim, é possível construir a democracia a partir dos pobres, crença de que ele também partilha, uma vez que lá estávamos para dar apoio ao Sr. Chaves, no primeiro plebiscito de que participou sobre a continuação de seu governo.

Consideremos: Pela terceira vez seguida os pobres vencem as eleições para a presidência da república.

E, desta vez, foi uma luta visceral, uma vez que a subdesenvolvida elite brasileira, unida por um inimigo comum, usou dos expedientes mais aviltantes para tentar demover o povo pobre do poder.

Triunfou o pobre pela terceira vez, e, mais uma vez, na vanguarda. Das duas vezes anteriores os pobres elegeram um operário, que provou, de forma cabal, que o trabalhador governa melhor. E, dessa vez, elegeu uma mulher, e, para além do corte de gênero, que, por si, já é emblemático, elegeu uma guerrilheira, alguém que arriscou a vida pela volta do país ao estado de direito, solapado por uma elite adepta do que Orwell (Em sua obra: 1984) chamava de novilíngua, onde cada palavra tem, a cada vez, um significado diferente, ao sabor dos usurpadores da liberdade. 

Exatamente a fala que percebo no Sr. Pondé, que quer ressuscitar a democracia grega, onde apenas a elite votava. Mas, sabe o dito mestre, que a democracia que triunfou foi a inspirada no ensino cristão, que pode ser sintetizada no grito de um de seus mais proeminentes apóstolos, que de dentro do calabouço do império romano, que inspira a segregação exalada na fala do magister, proclamou: "Deus é pai de todos e está em todos e age por meio de todos." Paulo de Tarso, em Ef 4.6. Logo, todos são iguais.

Aliás, o Sr. Pondé, se já não leu, deveria ler Cães de Guarda, de Beatriz Kushinir, e, se o fez, sabe onde estavam muitos dos que hoje tentam colocar sobre o governo popular a pecha de censor da imprensa.

Insisto, estamos construindo uma democracia que honra a sua definição: governo que emana povo e em seu nome é exercido.

Bem-vinda Presidente Dilma!

Avançamos e temos ainda, e em muito, que avançar! Como cristão empenho minha militância cidadã, minha intercessão sacerdotal e minha vigilância profética para que os pobres sejam honrados em sua escolha, pelos escolhidos e pelos colocados em atividade opositora. Assim se sustenta a democracia.  ©ariovaldoramos


Resposta do Sr. Pondé


Logo criarão uma lei que proibirá as mulheres de serem bonitas em nome da auto estima das feias e proibirão os homens bem-sucedidos de terem carrões em defesa da dignidade do ônibus ou do metrô. Duvida ? Basta um mentiroso inventar que isso é necessário para um convívio democrático. Isso se chama a ditadura dos ofendidos.
Obrigado pelo contato. Voltaremos a falar em breve, obrigado, Pondé

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Pés de Barro


Como são cansativos os gigantes com pés de barro!
Como disse Daniel, basta uma pedrada para que caiam.
Mas...
Como diz a "tchurma", eles se acham!
Como os gigantes com pés de barro são semelhantes a Lúcifer:
Querem mais luz do que podem agüentar e acabam nas trevas!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Manifesto Evangélico por um Processo Eleitoral Ético

Nós, evangélicos e evangélicas, brasileiros, eleitores e cidadãos comprometidos com a verdade e a justiça, manifestamos profeticamente as nossas rejeições e defesas diante da onda de conservadorismo que se abateu sobre o país nesse processo eleitoral.

Rejeitamos os posicionamentos de alguns líderes evangélicos, que em vez de preparar cidadãos, com plenos conhecimentos de seus direitos e deveres, encaminham seus fieis para um exercício equivocado da fé.

Rejeitamos a disseminação de boatos e inverdades com fim de manipular o eleitorado.

Rejeitamos a manipulação, seja ela de que forma for, e a redução das questões cruciais e relevantes no processo eleitoral a temas presos ao mero moralismo.

Rejeitamos o uso da fé como instrumento de manipulação política no momento em que temas como erradicação da pobreza, sustentabilidade ambiental e desigualdade social precisam ser discutidos pela sociedade.

Rejeitamos o papel da mídia, que dá voz e espaço, para que a onda de conservadorismo ganhe visibilidade, desviando o foco das propostas dos candidatos.

Rejeitamos a demonização dos candidatos e partidos, além do processo eleitoral.

Rejeitamos a difusão de informações equivocadas dos papéis que cabem ao Executivo e ao Legislativo no país.

Rejeitamos qualquer forma de intolerância religiosa.

Dessa forma,  defendemos que as eleições devem girar em torno das questões programáticas e dos planos de governo.

Defendemos,  como herança do Protestantismo, a manutenção e o fortalecimento do Estado Laico.

Defendemos a necessidade de uma reforma política e eleitoral que leve o Brasil, do sistema proporcional, no máximo, ao distrital misto, para que os candidatos tenham vínculos comunitários.

Defendemos o aprofundamento do Estado de Direito e a consecução do estabelecimento do Estado de Equidade social, política e econômica.

Defendemos uma Igreja independente, que não se submeta aos interesses políticos e eleitorais. Ao contrário, que exerça sua função profética produzindo cidadãos livres e conscientes de seu papel cívico.

Defendemos a manutenção e o avanço das conquistas sociais que, nos últimos anos, fizeram com que uma parcela significativa de brasileiros saísse dos níveis de pobreza inaceitáveis em que viviam.

Defendemos a manutenção de políticas públicas que promovam a erradicação da pobreza e a maior igualdade entre os brasileiros.

Por fim, assumimos o compromisso de continuarmos orando e contribuindo solidariamente com a construção de um Brasil sustentável, economicamente viável e socialmente justo. 

domingo, 22 de agosto de 2010

Marina no 2º Turno

Segundo o pessoal de comunicação da Marina, para colocá-la no 2º turno é preciso que 510 eleitores consigam, cada 1, outros 300 eleitores, e que esses 300 eleitores consigam outros 7 eleitores, e que esses 7 eleitores consigam mais outros 7 eleitores consigam mais  outros 7 eleitores fechando o círculo.

Então: 510 x 300 x 7 x 7 x 7 = 52.470.000 de votos = Marina no 2º turno.

Você gostaria de ser 1 dos 510?

Se você quiser ser um dos 510, diga sim no comentário, e deixe seu e-mail e telefone. Não se preocupe, na moderação dos comentários eu tiro do público o seu e-mail e e telefone.


Você entendeu! Para ser um dos 510, você se compromete a conseguir mais 300 eleitores, que se comprometerão com você a conseguir mais 7 eleitores, que se comprometerão a conseguir mais 7 eleitores, que se comprometerão a conseguir mais 7 eleitores, e o ciclo se fecha.


Quanto aos e-mails e números de telefone, eu os encaminharei ao pessoal de comunicação da Marina, porque ela quer entrar em contato com você.


Vamos por a Marina no 2º turno! Entra nessa rede!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Quarta Capa - Meu texto para o livro, sobre o divórcio, de Virgínia Martin

O senhor quer se divorciar? Perguntou-me a juíza. O que deixava a situação ainda mais embaraçosa. Eu estava esperando por um juíz! Não, quem quer se divorciar é ela. Respondi!

O senhor leu os autos e está pronto para assinar o documento? Sim. Respondi, sem ênfase.

No fim, parece que era só disso que se tratava: assinar um documento.

Pronto! Meses de angústia, e de lágrimas, e de orações aparentemente não respondidas, como num passe de mágica, estariam resolvidos com uma assinatura! Eu estaria livre!

Mas quem disse que eu queria me ver livre do que quer que fosse?

Eu havia vivido mais de duas décadas só para isso. Com acertos, com erros, com pedidos e frases de perdão, eu vivi só para o casamento: todos os sins e todos os nãos que disse, os disse para continuar o casamento. Todo o processo de desmascaramento de minha imaturidade, e todo o processo doloroso de crescimento tinha como pivô o casamento.

Eu não queria me livrar disso... Eu não sabia mais viver sem isso!

Estava pronto para encaminhar a minha prole à vida, para viver a vida com quem, depois de muitas idas e vindas eu, realmente, queria viver.

O senhor já assinou? Ah! Sim. Está aqui. Respondi à voz que interrompia-me em meio a pensamentos em que eu tentava processar a minha dor.

Saí com aquele papel nas mãos, e aquele papel em minhas mãos era tudo o que eu conseguia sentir sem doer.

Não tinha idéia do que a estivesse acometendo. Não me importava! Ela quis o divórcio! Ela era a culpada!

Naquela altura eu não sabia que muita coisa iria mudar, e teria de mudar para que a esperança retomasse espaço em minha vida. A culpa seria repartida. Muita coisa que entendi resolvida por palavras ditas, ainda que com sinceridade, teriam de ser revistas por mim e em mim. Muita coisa que entendi ser de menor importância teria de ser revalorada. E muita dor que nunca entendi ter provocado teria de ser assumida.

O tempo passou! Superei! Não sem dor e não sem acabar por provocar dor em quem não tinha nada a ver com isso!

A Virgínia diz que é preferível estar no redemoinho do que no olho do furacão. Concordo! Mas do redemoinho a gente acaba por atingir gente que estava só assistindo ao tufão. E isso aumenta o lamento que a gente sabe que vai carregar.

Acalmou o meu coração! Mas se instalou um indisfarçavel medo.

Eu sou um pregador. Deus tem sido gracioso para comigo. As palavras que o Senhor tem me dito têm calado no coração de muitos irmãos e irmãs. E isso é um grande consolo. Mas, apesar disso, toda a vez que subo ao púlpito, que me é sagrado, sinto que, por mais aceito que eu seja, eu carrego um estigma, e não consigo tirar a dor de meus olhos, porque eu sei que eles estão certos, eu passei por algo que eles não querem passar e não sabem como isso pode acontecer com alguém que precisa estar no púlpito.

Pois é, minha amiga... Eu sei, eu sei!

Mas a roda tem de girar, e gira, e Deus, que ama, nos alenta e nos faz ver o sentido que transcende!

Parabéns! É isso! É preciso exorcizar tudo o que tenta nos roubar a identidade.

Muitos serão ajudados!

terça-feira, 29 de junho de 2010

Ao Sr. Kfouri... o filho.

Ariovaldo Ramos

Não é direito do ser humano, ter ou não ter fé?
E não é um direito explicar a vida a partir da fé?
Se perde, não é um direito buscar consolo na fé?
E se ganha, não é um direito atribuir a superação ao deus em que crê?
Se não há deus, por que a ira contra quem não existe?
Logo, é ira contra seres humanos no exercício do direito de explicar a sua vida, e atribuir a sua vitória a quem quer que seja.
E como eu saberia que o articulista não tem fé, se não o tivesse dito no espaço onde deveria falar de futebol?
E se alguém, ao ver a demonstração de fé dos atletas, decidir buscar essa fé, não lhe será um direito?
E se, ao ouvir o articulista, decidir pelo ateísmo, isso não lhe será um direito?
Por que essa celeuma sobre o que é apenas o exercício de direito?
O fato de eu não gostar de ouvir algo, não tira do outro o direito de falar.
O fato de eu não gostar de como alguém comemora os seus feitos, não lhe tira o direito de o fazer.
Direito: faça valer!